Sobre o Caça Asteroides

  • Programa Caça Asteroides

O Caça Asteroides MCTI é um programa de ciência cidadã realizado através de uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner). Ao se inscrever neste projeto o estudante se torna um cientista cidadão e pode ajudar a descobrir vários asteroides. Todos os participantes recebem certificados de participação da NASA. Se as descobertas forem confirmadas, no futuro o estudante terá o direito de nomear o asteroide que encontrou.

Neste projeto, cada estudante recebe pacotes de imagens reais do céu obtidas em um observatório no Hawaí (EUA) e, com o auxílio de um software, busca pontos nas imagens que tenham as características de um asteroide. Após a caçada, feita no computador de casa ou da escola, o participante envia um relatório ao IASC informando sobre a existência do objeto e aguarda a avaliação para saber se a detecção é confirmada ou não.

  • O que são asteroides?

Os asteroides, às vezes chamados de planetas menores, são fragmentos que sobraram da formação inicial do nosso sistema solar há cerca de 4,6 bilhões de anos. A maior parte destes antigos restos espacial pode ser encontrado orbitando o sol entre Marte e Júpiter dentro o cinturão de asteroides principal. Asteroides variam em tamanho de Vesta – o maior em cerca de 530 quilômetros de diâmetro – para corpos de até 1 metro de diâmetro. A massa total de todos os asteroides combinado é menor que a da Lua.

  • Por que caçar asteroides?

É importante identificar e estudar a trajetória dos asteroides no sistema solar para que possamos tomar as medidas necessárias caso algum deles se torne potencialmente perigoso para o nosso planeta. As tecnologias e técnicas usadas pelos astrônomos melhoraram tanto que novos asteroides são descobertos diariamente. Isso inclui objetos realmente próximos da Terra, mas que são tão pequenos que queimariam se atravessassem a atmosfera.

Segundo o site oficial da NASA, todos os dias, cerca de 100 toneladas de materiais caem na Terra. A maior parte é poeira, areia e pequenas rochas que se desintegram na atmosfera, porém, alguns destes, quando não se desintegram, podem causar grandes impactos, como os ocorridos em Tcheliabinsk, na Rússia (2013) onde cerca de 1.200 pessoas se machucaram com estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de choque causada por um asteroide, e o impacto de Tunguska (1908), que derrubou milhares de árvores em uma área de 2,2 mil quilômetros quadrados na Sibéria, sendo que, se não fosse por algumas poucas horas de rotação da Terra, tal asteroide poderia ter colidido com alguma região populosa da Europa, por exemplo, tornando-se uma catástrofe humanitária. A formação da cratera Chicxulub, que tem um diâmetro aproximado de 200 quilômetros, está relacionada ao objeto de mais de 15 quilômetros de largura que caiu há 66 milhões de anos e causou a extinção dos dinossauros. Quando este buraco foi formado na costa oeste de Yucatán, sua área central se recuperou e desmoronou novamente, causando a formação de um anel de pico no interior. A maior parte da cratera está enterrada na costa do Golfo do México, a 600 metros de sedimentos, e o restante é coberto por depósitos de calcário.

  • Como participar

Frequentemente os professores da Casa Viva informam através de comunicados às famílias sobre a abertura de inscrições para a participação no programa. Podem se inscrever pessoas com idade a partir de seis anos.